REMIX (Zero Hora)| POR PAULO GERMANO

Posted by Ismael Mendonça on segunda-feira, 31 de agosto de 2009 , under | comentários (1)



Enquanto a cena de Porto Alegre padece moribunda, implodindo em decadência feito o Congresso, com bandas mais desunidas do que a cúpula do PT, eis que surge uma esperança, uma luz, um exemplo, uma lição, um messias, uma bênção, enfim, um troço massa mesmo.

Mais romântica do que um cara-pintada, mais ingênua do que a oposição do PCO (ok, tá enchendo o saco essa analogia com a política, mas é importante, acredite), mais combativa do que a Heloísa Helena, uma turma da Região Metropolitana vem dando aula de como se constrói uma cena roqueira. Porque, para montar uma cena, é preciso romantismo, ingenuidade e combatividade. Talvez política não seja só isso, mas rock é.

Bueno, o fato é que de uns anos para cá uma ideia cresce na Região Metropolitana, e as bandas lotam bares a torto e a direito, e parcerias são fechadas com as prefeituras, e grupos de outros Estados tocam em Canoas, e festivais fervilham sem parar, e uma banda chamada Cu Sujo tem público cativo. Troço fantástico!

Trata-se dos “coletivos”. São associações sem fins lucrativos que reúnem uma penca de bandas, produtores, donos de estúdios etc. O lance é baseado na tal “economia solidária”. Por exemplo, se o vocalista de uma banda é designer, ele cria o logotipo do estúdio de outro integrante do coletivo. Em troca, vai gravar duas músicas de graça. Já se um guitarrista manja de eletrônica, ele conserta um amplificador e, na permuta, vai receber tantas horas de ensaio.

– Isso tudo só funciona quando a cena anda. Um ciclo econômico começa a funcionar e, daqui a pouco, todos conseguem se manter – diz Wender Zanon, um dos cabeças do Coletivo BIL (Bandas Independentes Locais), de Canoas.

É tanta banda unida que, naturalmente, chama a atenção. A prefeitura de Canoas – aqui, em um exemplo de política justa – convocou o BIL para montar um palco alternativo na Festa do Trabalhador, evento tradicional da cidade no Dia do Trabalho. Em julho, o coletivo levou para Canoas o Ratos de Porão, que sequer deu as caras na Capital. O BIL ainda organizou o 1º Festival Canoense de Videoclipes Independentes e, em três anos, lançou três coletâneas com bandas locais. Pelo amor de Deus, isso é sensacional.

Outros coletivos pipocam em Esteio, São Leopoldo e já chegam a Santa Maria, Venâncio Aires e Pelotas. Na Capital, desde 2007 existe o Coletivo ExtremoRockSul, com adesão ainda tímida.

– Exatamente por sermos de Porto Alegre, nos sentimos na obrigação de propagar essa ideia – diz o produtor Juliano Fraga, romântico feito um cara-pintada.

Assim se faz política no rock.

Secretaria Municipal da Cultura de São Leopoldo realiza Seminário acerca da Identidade e Diversidade Cultural da Cidade

Posted by Ismael Mendonça on quinta-feira, 27 de agosto de 2009 , under | comentários (0)



Vejamos nas mãos de quem estão os veículos de comunicação que difundem e promovem cultura...

Posted by Ismael Mendonça on , under | comentários (0)



Rádios e TVs no Brasil (quem manda)

A maior parte do que vemos, ouvimos, sabemos, gostamos ou sentimos não
nasce da nossa experiência direta de vida. Nasce do que a TV mostra,
do que os rádios dizem. Quem manda nas televisões e nas rádios
controla as nossas cabeças.

Há muitos anos, os seguidos presidentes da república distribuem as
estações para grupos selecionados de empresários e políticos.



Das 3.315 concessões de emissoras (até a data em que o livro foi escrito):



- 1.220 (37,5% do total) foram dadas a políticos do PFL, (atualmente
Democratas ou DEM);

- 497 (17,5% do total), a políticos do PMDB;

- 414 (12,%%), a políticos do PPB;

- 215 (6,5%), a políticos do PSDB.



Juntos, esses imperadores da comunicação e do poder controlam 75% das
emissoras, ou seja, quase tudo o que vemos e ouvimos.



(Do livro: “O Brasil é um sonho” (que realizaremos) – César Benjamim –
FAPERJ – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de
Janeiro).


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VISITE:
FNDC - Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação: www.fndc.org.br

Que cultura?

Posted by Ismael Mendonça on quarta-feira, 12 de agosto de 2009 , under | comentários (0)



Enquanto bebíamos um chimarrão e assistíamos a novela das oito, nos veio o questionamento: “que cultura bebemos e damos de beber?” Alias, vendo roupas indianas, “que cultura vestimos?” Ouvindo aquela música, “o que ouvimos e fazemos ouvir?” Ficou pior quando pensamos “que cultura vemos e qual nos alimenta?” “Que cultura compramos e vendemos e qual nos abriga?”
Não nos damos conta, mas, em escala cada vez maior, involuntariamente, nos afastamos de nossas raízes culturais. Digo involuntariamente por que não escolhemos por uma ou outra cultura, talvez também pelo fato de não reconhecermos nossos elementos culturais: “cresci com a afirmação de que o povo brasileiro era um povo sem cultura”.
Como pode existir um povo sem cultura? Porque moramos em casas e não em outro tipo de moradia? Porque comemos arroz e feijão e não sopa de amendoim? Porque dançamos chula e não balé? Cultura não são somente os saberes e fazeres eruditos e ou acadêmicos, mas também os saberes e fazeres populares.
Encontrar formas de resgatar a memória, fortalecer e promover as culturas populares talvez sejam uns dos maiores desafios das políticas públicas, talvez porque essas não recebem investimento privado e, quando recebem, em boa parte são tencionadas a abrir mão de elementos essenciais de sua cultura.
As administrações do Partido dos Trabalhadores e Frente Popular vem ao longo destes anos refletindo acerca destas questões, entre as diversas ações propõe a descentralização da cultura, uma política pública que visa garantir produção e fruição das culturas locais e hoje, por meio do Ministério da Cultura, propõe os Pontos de Cultura, investimento direto na comunidade local, para resgate, fortalecimento e promoção de sua cultura, ambas políticas existentes em nossa cidade.
No dia 15 de agosto, faremos um Seminário acerca das Políticas Culturais, “fortalecendo as culturas locais”, tendo como principal objetivo buscar, desde as culturas locais, encontrar formas de resgatá-las, se for preciso, fortalece-las e promove-las para que possamos nos conhecermos e reconhecermos, sabendo que as nossas culturas não são nem piores nem melhores, mas diferentes.

Ismael Mendonça,